Mãe denuncia dificuldade para conseguir atendimento no centro de referência da saúde da mulher em Boa Vista

Foto: Reprodução/Ascom/Sesau

Uma moradora de Boa Vista procurou a nossa redação para relatar a angústia que está vivendo desde o nascimento do bebê. Segundo ela, o centro de referência da saúde da mulher tem falhado em oferecer o retorno que toda mãe precisa no período pós parto e a situação vem se arrastando há dias sem resposta.

A mulher conta que já era difícil conseguir retorno antes da gestação. Com a chegada do bebê, a frustração aumentou. No documento entregue pela maternidade está escrito que o retorno do pré natal deve ser realizado com sete dias após o parto. Ela afirma que desde a última terça feira envia mensagens para o contato disponibilizado pela unidade e enfrenta uma verdadeira maratona para ter qualquer resposta.

Depois de muita insistência, a unidade respondeu informando que agora existe um prazo de setenta e duas horas para retorno da mensagem. O problema é que mesmo após esse prazo ninguém voltou a falar com ela. A mãe relata que está há onze dias tentando atendimento sem sucesso.

O caso se torna mais preocupante porque durante a gravidez ela apresentou hipertensão e diabetes gestacional, fazendo uso de insulina nph e regular. Sem acompanhamento médico adequado após o parto ela afirma que não tem orientação para saber se ainda precisa usar medicação ou se o bebê necessita de algum cuidado específico.

O desabafo foi além da própria experiência. Ela conta que já presenciou funcionários da unidade orientando gestantes e mães a procurarem a ouvidoria do local para formalizar reclamações. O motivo seria a falta de compromisso de quem deveria marcar consultas e retornos. Segundo a denúncia, muitas mensagens são ignoradas porque os responsáveis preferem fazer outras atividades durante o expediente. O resultado é uma fila invisível de mães esperando por informações básicas enquanto lidam com dúvidas, dores e medos.

A mulher diz que não está em busca de privilégio e sim de respeito. Para ela, o retorno pós parto deveria ser tratado como prioridade, já que se trata de um momento de risco para mãe e bebê. A sensação de abandono e descaso a fez procurar ajuda pública para expor o problema.

Ela finaliza pedindo que a situação seja investigada e que outras mães que enfrentam o mesmo cenário possam ter voz. Para ela, saúde materna não pode ser tratada com descaso e demora, especialmente depois de um parto e diante de condições clínicas que merecem atenção imediata.

Se surgirem novas informações ou posicionamento oficial da gestão, esta matéria será atualizada.